sexta-feira, 1 de maio de 2009

Guardião

Procuro em minha alma, motivos que me levam a sentir assim... a dura e rígida razão que me leva a querer em meu mundo me fechar, e, afogar meu ser na solidão, e na amargura de mais um amanhecer...
Olho em volta, e meus olhos nada vêm... nada que, em dia algum, será verdade em meu olhos, que o mundo olham, mas o teu coração já mais alcançam...
De vazio se encheu meu mundo, e, apesar de de toda a força que em mim coloquei, para uma vez mais me levantar, de certo não será a necessária para em meu mundo, novamente colocar, o calor da brisa de luar...
Por meus lábios fechados, se solta o grito de madrugar, encerrado na penumbra de longíncuo uivar. O monstro de plenilúnio me atormenta o espírito e afugenta meu descansar, que em meus olhos se esquece do velho embalar...
Acreditar que teus olhos de diamante, sobre minha rude e ríspida pele algum dia repousarão, será o mesmo que, de livre alma, acreditar em falsa verdade de vida sem solidão.
Anjo que voa e meus olhos não alcançam, luz que, em meu mundo, não ilumina meu rígido e frio coração, voz de melodia élfica e plena, que em meus ouvidos nunca entra.
Será seguro sem ti procurar salvação?
De certo, alimentei promessa impura, de tempos luzidios, e terra escura... alma fugida de meu corpo inerente, deixado por vida, de moribundo e velho traço.
Meu pobre coração levas em tuas pálidas mãos... sonhos de criança que guardei, palavras duras que em minha memória coloquei, imagens de teu sorriso divino. Te tornas guardião de meu mais valioso tesouro. Cuida-lo como teu, e promete devolver-mo, quando dele não necessitares mais...