Era uma vida nova, uma estrela nova que brilhava mesmo à minha frente.
Caminhava...
Desajeitada sorria, de faces lavadas de lágrimas e tristeza, sabia que, mais que nunca, os tempos que se avizinhavam seriam luzidios e cheios de vida.
Talvez por não mais te ter. Talvez por não mais te querer!
Admiro o meu desprezo, pois nunca pensei ser capaz de ostentar tão feio sentimento, mas tu fazes-me sentir assim, tu obrigas-me a ser assim. Há coisas que não se perdoam!
Desajeitada, continuo a lutar por um futuro que, desta vez, sei que vai lá estar. Talvez o meu maior erro tenha sido deixar-te invadir a minha privacidade, talvez tenha sido provar-te a minha lealdade e oferecer-te, de mão beijada, o meu sofrimento.
De que disponho agora?
Um novo caminhar, e muito desajeitado!
Desisti de tentar endireitar-me em sapatos que fazem doer os calos, desisti se me torturar com saltos demasiado altos só para me manter direita.
Vou caminhar sobre estes sapatos, já bastante altos, e aprender a endireitar-me naturalmente, sem forçar...