Tinha acabado de atravessar a pequena ponte em direcção ao lado oposto do parque.
O rio corria com vagar. Não havia muita água...
Era Agosto e fazia muito calor, mas o Sol já se havia escondido, do lado de lá das montanhas.
Depois da ponte, havia uma pequena faixa de pavimento, junto ao muro que separava o rio do parque. e depois havia terra batida, alguns bancos e candeeiros, e uma imensidão de árvores.
Avançou alguns metros sobre o pavimento e foi ao encontro da jovem rapariga sentada no muro à beira rio.
Os seus cabelos loiros, agitavam com a suave brisa de fim de tarde. Os seus pés balouçavam sobre a água que ondulava alguns centímetros abaixo das suas sapatilhas vermelhas.
Colocou-lhe uma das mãos sobre o ombro e ela assustou-se, arrepiando-se ao olhar quem a abordara. Gordas lágrimas se apoderaram dos seus olhos, assim que fixou o olhar triste e preocupado, do rapaz ao qual chama sempre de melhor amigo.
Ela desceu do muro, abraçando o amigo de seguida, e chorando no seu peito...
Ao fim de algum tempo, já noite estrelada, os amigos quebraram o longo e forte abraço.
Com as mãos grandes, desviou os fios dourados da cara dela, podendo assim perder-se no seu triste olhar, como se quisesse ler-lhe a mente... quase lhe tocando a alma.
-Vai ficar tudo bem! - disse ela, elevando a sua pequenina mão à face direita do rapaz.
Um débil, mas sincero, sorriso se formou, lentamente, nos lábios de ambos.
Foi esse sorriso que os fez seguir em frente...
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