quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Mãe,


Gostava de ser como tu, e tenho tanta pena de não ser... És forte e determinada, és rude e inatingível...
Mãe, gostava de ser como tu...
És o ser que mais me magoa, e, sem dúvida, o que mais me ama. Para ti, nunca nada está bem, nunca nada é correcto, nunca nada é suficiente. Para ti mamã, eu nunca sou suficiente!
Gostava de ser como tu, de gostar do que gostas, de amar o que amas, de querer o que queres... e isso magoa-me tanto!
Estou farta de ser a tua desilusão, a tua mágoa... mas que mais posso eu fazer?
Tudo o que tenho feito, a vida que levo, as opções que faço, são todas em função de ti. Mãe, eu quero ser como tu!
A minha vida neste último ano tem-se resumido a ti, porque nada do que tenho feito me agrada minimamente. Este não é o meu mundo, nem muito menos o que eu sou! Tudo o que fiz foi por ti e para ti!
Queixas-te que não confio em ti? Como? Como? Se eu pus o meu futuro nas tuas mãos? Se eu deixei que determinasses o que devo fazer e como o devo fazer?
Como podes não ver isso?
Não vês que me estas a fazer sofrer? Que me fazes sofrer todos os dias quando me olho no espelho e não vejo nada daquilo que tu gostarias de ver?
Um dia quero ser como tu mamã... Viver no teu mundo.
Por agora não tenho forças, não, não tenho mais forças para me erguer e lutar contra mim mesma.
Queres maior prova de amor?

Eu vou continuar mãe... vou continuar a lutar por ser como tu és. No fundo, e mais uma vez, vou lutar para te agradar!
O meu maior objectivo?
Fazer-te feliz....
Um beijo,
Rose

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