domingo, 28 de outubro de 2012

Perdidos

Não somos todos? Não estamos todos tão perto e tão longe?

Não estamos todos perdidos?

Eu perdi-me... Perdi-me na tua presença, no teu olhar, nas lágrimas que reprimiste inúmeras vezes, nos sentimentos que em mim cresceram e eu não apercebi.
Tão perto e tão longe... Haverá ainda remédio para ti? Ou serás apenas mais um porto de abrigo que o tempo tratará de destruir e deixar cair no esquecimento de mais um luar?
Em direcções opostas, rastejamos. Rastejo.
Se ao menos ouvisses a mesma melodia... Talvez nem te dês conta. Um dia saberás.
Apercebi-me que tudo girava em volta do talvez, e do talvez se formou a mentira, ou a ilusão... Não sei bem. Recordo o alvorar daquilo que esperava ser interminável, uma canção que ainda me ecoa nos ouvidos...
Serás tu? Serás realmente tu, quem me acordou, finalmente, para a perdição?
O meu pensamento não se desvia... O meu caminho não se desvia... Anulei-me.
De rosa e azul se pinta o céu, das mesmas cores se pinta a ilusão...
Chegou mais um final, é tempo de seguir...

Ainda temos uma vida inteira!

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